Meu Aquário
marinho de corais
marinho de corais
Este aquário foi batizado de Tallebudgera Reef, em referência a boca de rio de mesmo nome (foto ao lado), muito famosa e que divide a fronteira norte do bairro onde eu moro, com a praia de Burleigh Heads. É também o local onde a água natural do aquário é coletada. Tallebudgera é uma palavra aborígene e significa "good fish".
Foi montado em Outubro de 2019, trata-se de um um reef misto, com predominãncia de SPS, Zoanthids e Micromussa lordhowensis.
A parte mais agradável do hobby pra mim é a troca de mudas, portanto 90% dos corais são provenientes delas e assim, apenas uma pequena parcela foi retirada do mar.
Neste aquário optei por um sistema de manutenção super baixa, conhecido em inglês como "Ultra low maintenance system (ULMS)". O canal da BRS.tv ajudou a popularizar este termo recentemente e eu venho usando ele desde 2015, em aquários anteriores. Consiste basicamente em adotar técnicas que reduzam a necessidade de manutenção, através da simplicidade e automação. Meu objetivo primário é que o aquário rode por 30 dias, sem nenhum tipo de contato manual, pra que eu possa viajar.
Se eu fosse dar um nome eo método ele se chamaria de "método comunitário, natural e barato de ULMS com Chaetomorpha". Consiste de técnicas e práticas adotados pelas comunidade em fóruns de aquarismo brasileiros e internacionais, com foco em maximizar a estabilidade, deixar a manutenção simples e barata, e o mais natural possível. Nele são empregados um skimmer, iluminação abundante de espectro completo, circulação forte e variável, trocas parciais de água (TPA) regulares com água natural, carvão ativado e GFO quando necessário, mídias para abrigar bactérias, testes de Alkalinidade frequentes, algas Chaetomorpha em um refúgio e suplementação de Cálcio, Carbonato, Magnésio, Potássio e elementos traço com o método Balling, via dosadora, rochas sintéticas e substrato apenas estético ou bare bottom.
Não são empregados medicamentos, ozônio, UV, fonte de carbono orgânico ou substrato profundo.
Observação e alimentação diária. Trocas parciais de água (TPA) de 5 a 10% a cada duas semanas e uma TPA de 90% ao ano. Testes de Alcalinidade 1-2 vezes por semana e os outros testes são feitos com muito menos frequência. Teste de ICP 2 vezes ao ano, ou quando há algum problema que não consigo identificar. Poda de Chaetomorpha 1 vez por mês. Limpeza do copo do skimmer 1 vez por semana.
Mantenho Cálcio, Alkalinidade, Magnésio e Sulfato com a receita #1 do Randy. Também adiciono elementos traço, da marca Coral Essentials, para criar uma receita de Balling semi-completo. Também adiciono Potássio à receita e doso Iodo manualmente, porque estes são consumidos mais rapidamente pelos corais e Chaetomorpha. Considero a dosagem regular de Iodo, para mantê-lo estável em 0.06ppm, crucial para manutenção da saúde dos Zoanthus e Chaetomorpha.
Mantenho nutrientes ligeiramente elevados e não corro atrás de parâmetros. Caso estejam elevados eu diminuo a alimentação e espero o sistema de exportação fazer of seu trabalho.
Nitrato: 5-35 ppm (Hanna HR)
Fosfato: 0.08 - 0.26ppm (Hanna)
Cálcio: 400-420ppm (Salifert)
Alcalinidade: 7-8dkH (Hanna)
Magnésio: 1350ppm (Aquaforest)
Temperatura: 26C com variação máxima de 0.5C.
Salinidade: 35ppt (Hanna)
Iodo: 0.06-0.08ppm (ICP)
Água de reposição é feita por um filtro de reverse osmosis, com 5 estágios (RODI) e totalmente automatizado.
Carvão ativado, por curtos períodos quando a água fica amarelada. GFO no reator, quando o fosfato sobe acima de 0.03 ppm.
1kg de Seachem Matrix, 1kg of Seachem DeNitrate e 2 blocos de mídia da Maxspect.
Dragon Soul Favia
Mint Massacre Favia
Bubble Gun Favia
Ultron Favia
Quando possível, uso o mudário como quarentena de observação e não emprego nenhum tipo de medicamento.
A única doença que me preocupa é Velvet (o]Odinium) e como ela mata rapidamente, preciso observar o peixe por não mais que 7 dias. O ictio não me preocupa, visto que praticamente todos meus aquários tem ou tiveram e considero um doença fácil de controlar, com alimentação abundante e de qualidade.
Este protocolo de quarentena relaxado requer outras práticas para elevar as chances de sobrevivência, tais como bom olho para doenças, fonte de animais de qualidade, aquário saudável, pacífico e alimentação de qualidade.
Mesmo assim, o risco de introdução de doenças é elevado, mas eu convivo bem com ele há mais de 20 anos.
Esta prática é considerada "old school" e pouco popular nos dias de hoje, alguns diriam que é "roleta russa", irresponsabilidade e até mal trato com os animais. Consiste no controle de pragas e doenças ao invés de prevenção.
Banhos de 15 minutos com Revive, nos corais novos.
Não uso.
Strawberry Shortcake Acropora
John Deere Leptoseris
Meteor Shower cyphastrea
Seriatophora Dendritica
Tanque: Cade PR1200 - 120x60x60cm. 400l de display e 100l de sump.
Iluminação: 2x Radion XR30w gen3, sem diffusores mais 4 x T5 de 54w, da ATI send duas Coral Plus e duas Blue Plus.
Circulação: 2x Vortech MP40 e 3x 1000l/h no closed loop que fica escondido no sexto vidro,
Retorno: Vectra M1
Filtragem mecânica: Clarisea SK5000 roller filter.
Skimmer: JNS 280.
Controlador: DOSEmate, controlador e dosadora que eu mesmo construí com um RaspberryPI.
Chiller/aquecedor: Teko 1000
Alimentação é predominantemente feita com pellets da New Life Spectrum, aproximadamente 8 vezes ao dia, sendo 3 vezes via alimentador automático. Esta melhorou dramaticamente a saúde e coloração dos peixes e recomendo ela fortemente.
Além disto, dou cerca de 1/8 de folha de alga Nori a cada dois dias, para os Tangs.
Também mantenho um estoque de Mysis shrimp congelado, para estar preparado para a eventual entrada de um peixe mais chato pra comer.
Não sigo uma rotina rígida de alimentação para corais e gosto de experimentar alimentos variados, como aminoácidos, naúpilo de artêmia, e phytoplancton vivo. Dito isto, no último ano o número de peixes aumentou bastante e eu parei totalmente com alimentação de corais. Sendo assim, eles se alimentam apenas pelas fezes dos peixes e o que conseguem pegar da ração que sobra.
Já experimentei com praticamente todas as marcas de aminoácidos e acabo oscilando entre as mais baratas, como Seachem Fuel e Coral Essentials.
Não costumo dar alimentos em pó, tipo Reefroids, porque custam caro, dão trabalho, elevam fosfato e tenho impressão de causar uma explosão em pestes como Aiptasia e Vermitid snails.
Além disto, não costumo alimentar corais na boca, a menos que estes estejam se recuperando de alguma lesão.
Toxic revenge
Utter Chaos
Candy Apple Orange
RBTA
Casal de Ocellaris, casal de Mandarin Splendid, Blue tang, Yellow tang, Cooperband Butterfly, Melanurus Wrasse, Leopard wrasse fêmea, Black Clown goby, cinco Green Chromis, cinco yellow stripped cardinal, cinco blue eye cardinals e um Flame Hawk.
Casal de camarão Stenopus e uma estrela Blue Lickia.
Aproximadamente 150 espécies diferentes, a maioria SPS e alguns Zoas, hammers e favias.
Duas estrelas de areia, dois strombus snail e mais de quinhentos turbo snails. Não utilizo paguros.
Canon D700 DSLR. Lentes: Tamron 90mm 1:1 macro, Canon 18-200mm telephoto